O mercado cervejeiro é um dos que mais movimentam a economia no Brasil.
Segundo dados da Euromonitor International para o Sindicato das Indústrias de Cerveja (SINDICERV), o Brasil é o terceiro maior produtor e consumidor da bebida em todo o mundo.
O país fica atrás somente da China e Estados Unidos, e chega ao total de 15,4 bilhões de litros consumidos.
Para ilustrar o impacto do mercado em nosso país, a cadeia produtiva da cerveja representa 2% do PIB do Brasil.
Todo o processo de produção da bebida inclui uma série de fatores, que vão da produção, distribuição, marketing, entre outros setores.
Portanto, pensar sobre a logística desse mercado no Brasil é igualmente importante.
Neste blog, desdobraremos sobre os dados e como o processo de logística da distribuição da bebida é feita no Brasil.
Como funciona a logística do mercado cervejeiro no Brasil?
Existem diferentes agentes que realizam o transporte da cerveja no Brasil. A própria empresa ou uma frota terceirizada pode transportar a bebida.
Por exemplo, no Brasil, a cerveja é principalmente transportada por estradas, embora trens e barcos também sejam utilizados.
Nas estradas, diferentes caminhões são empregados, com destaque para as carretas de guarda baixa.
Um modelo especial de caminhão, chamado de siders/sider asa delta, é usado especificamente para transportar bebidas.
Dessa forma, quando o produto parte diretamente da sua fábrica para o mercado, ela passará por apenas um meio de transporte.
Em suma, esse processo ocorre, na maioria das vezes, entre as microcervejarias, que realizam a distribuição, normalmente, em sua região de produção.
Analisando mais detalhadamente a questão logística, na prática de mercado, as empresas ou seus parceiros realizam integralmente esse processo.
Nesse sentido, o produto passará pela armazenagem, gestão de estoque, transporte de insumos e produtos que entram e saem.
Entretanto, para as cervejarias, há a possibilidade da parceria com parceiros logísticos, seja com uma transportadora ou distribuidora, diferenciando assim o modelo logístico de um para o outro.
A importação no mercado cervejeiro
Definitivamente, a importação nesse mercado tem um grande impacto na economia do nosso país.
Assim, a logística envolvida nesse processo revela alguns dados bastante interessantes que merecem ser observados.
A começar pela importação de insumos para a produção de cerveja, em especial, na importação do malte, um dos principais componentes da bebida.
De janeiro a junho de 2023, a importação desse insumo movimentou cerca de 323 milhões de dólares.
Com relação aos países de aquisição, a Argentina configura o primeiro lugar representando um total de 24,9% das importações.
Alemanha, Uruguai e França configuram as demais posições de importadores do insumo para o Brasil.
Com relação aos modais de transporte, o meio mais utilizado é o marítimo, atingindo um total de 98.43% dos registros de importação.
É interessante observar o processo logístico de importação e o processo interno de distribuição no Brasil.
De maneira idêntica, o transporte aéreo não configura em nenhum dos dois casos, representando números ínfimos se comparados ao modal de importação e o processo de transporte interno.
Da mesma forma que analisamos a importação de malte, o lúpulo também é um dos principais componentes da produção da cerveja, que vem da importação de outros países.
O insumo representa cerca de 20 milhões de dólares em importação, totalizando 984 toneladas.
Os Estados Unidos representam o nosso maior importador, com 45% das demandas totais.
Dessa forma, o principal modal de transporte para essas importações é o meio marítimo, alcançando 98.93% das transações.
Em contrapartida, o transporte aéreo aparece nesse modal com 1,07% das transações.
Dados gerais da importação de cerveja
Continuando no mesmo modelo, mas dessa vez, analisando a importação do produto final, a importação da bebida registrou um valor FOB de mais de 3,3 milhões de dólares em registros.
Com relação ao país de origem, a Alemanha configura a primeira colocação, alcançando 17.65% das importações. Em seguida se encontram a Bélgica, o Reino Unido e o México.
Em seguida, com relação aos modais, o transporte marítimo, mais uma vez, configura a primeira colocação com 65.52% do transporte.
Já o transporte rodoviário alcança 34.48% das transações.
A exportação no mercado cervejeiro no Brasil
Segundo informações do Governo Federal com relação à exportação do produto no Brasil, houve uma pequena queda nas exportações de cerveja no país em 2022 em comparação a 2021.
No último ano, exportamos 200.588.542 kg do produto, representando uma redução de 16,8%. Isso afetou também o valor total das exportações, que em 2022 foi de US$ 120.047.504, uma redução de 8,7% em relação ao ano anterior.
Apesar dessa redução, o valor da cerveja exportada aumentou em 9,1%, subindo de 0,55 US$/Kg para 0,60 US$/Kg em 2022.
Além disso, o mercado brasileiro de exportação de cerveja se expandiu, alcançando 79 países em 2022, igualando o recorde de 2020.
A maior parte das exportações de cerveja brasileira continua sendo para a América do Sul, representando 98,4% das vendas.
O Paraguai é o principal destino, seguido por Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.
Conclusão
O mercado cervejeiro do Brasil, como podemos constatar, tem um papel importante na movimentação econômica.
A logística por trás desse mercado é bem relevante. Os processos de transporte, distribuição, importação e exportação apresentam valores altos e notáveis, merecendo uma observação atenta.
Com o mercado cada vez mais em expansão, e com países e marcas estrangeiras cada vez mais interessados em nosso produto, a logística por trás desse setor deverá ser cada vez mais aprimorada.
Ao passo que isso ocorre, deve-se pensar em empresas que oferecem o serviço de logística integrada.
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